domingo, 11 de agosto de 2013

A ASSERTIVIDADE NO CONTROLE DA ANSIEDADE III



Este é o último artigo sobre o assunto. Para sermos assertivos, na maioria as vezes, em nossas vidas, não precisamos fingir, sermos hipócritas, expressarmos aquilo que não estamos sentindo. Ao contrário, o nosso comportamento verbal tem de se coadunar com os sentimentos, sejam eles de raiva, versão, mágoa, tristeza e outros. A questão mais difícil é como expressar tais sentimentos, sem agredir o outro, sem querer  desrespeitar o direito alheio, sem passar como um trator para atingir seus objetivos. Em função disto, a Terapia cognitivo comportamental fala em elementos atômicos da assertividade. O que é necessário, fundamental para nem sermos passivos (onde os demais determinam a nossa vida), ou agressivos (onde passamos como um trator sobre os demais). Vejamos:


-Olhar diretamente nos olhos da outra pessoa para a qual você está conversando é um modo eficaz de que o outro sinta sua sinceridade. As suas palavras são dirigidas a ele. Observe que o fóbico social ou o tímido, nunca, ou quase nunca fita nos olhos os demais.

-A postura do corpo transmite a sua mensagem. Cabeça ereta postar-se de frente, ficar próximo, dá um “peso na sua assertividade.” Mas nunca extrapolar para a postura agressiva.

-A gesticulação adequada é importante. Se exagerada, fica fora de propósito, mas se adequada a situação, transmite sua segurança

-Expressão facial- Se você sorri, gargalha, numa situação dramática, não está adequando os seus sentimentos a razão.  Pode parecer cinismo, humilhação, deboche, ridicularizarão. Asserções eficazes requerem uma expressão facial que combine com a mensagem verbal.

-Tom de voz, Inflexão e Volume. Este é um nó górdio da questão. Poucas pessoas sabem expressar ideias de forma correta. Se sussurram, não parecem convincentes. Se em ímpeto, gritam, bloquearão seu campo de comunicação, suscitando resistência na outra pessoa. Um tom coloquial, bem modulado, poderá ser mais convincente e não intimidativo.

-Escolher a hora apropriada: O ideal seria a espontaneidade. Mas se não for possível será procurar por um local apropriado (por ex., com o seu chefe a sós no escritório).

-O conteúdo da fala: Embora o que você tente dizer, seja logicamente importante, é na prática menos importante do que pensamos ser. Por exemplo dizer: “ Sinto-me Constrangido om que você comentou de mim” do que agredir: “Você é um mentiroso...”. É desnecessário humilhar o semelhante, para se ser assertivo.



Na clínica dispomos de uma série de cartões, onde o indivíduo se sente em situação complexa e é treinado a compatibilizar seus sentimentos com as diversas formas assertivas de expressão, como técnicas de diminuir a ansiedade.
 

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