Este é o último artigo sobre o
assunto. Para sermos assertivos, na maioria as vezes, em nossas vidas, não
precisamos fingir, sermos hipócritas, expressarmos aquilo que não estamos
sentindo. Ao contrário, o nosso comportamento verbal tem de se coadunar com os
sentimentos, sejam eles de raiva, versão, mágoa, tristeza e outros. A questão
mais difícil é como expressar tais sentimentos, sem agredir o outro, sem querer
desrespeitar o direito alheio, sem
passar como um trator para atingir seus objetivos. Em função disto, a Terapia
cognitivo comportamental fala em elementos atômicos da assertividade. O que é
necessário, fundamental para nem sermos passivos (onde os demais determinam a
nossa vida), ou agressivos (onde passamos como um trator sobre os demais).
Vejamos:
-Olhar diretamente nos olhos da
outra pessoa para a qual você está conversando é um modo eficaz de que o outro
sinta sua sinceridade. As suas palavras são dirigidas a ele. Observe que o fóbico
social ou o tímido, nunca, ou quase nunca fita nos olhos os demais.
-A postura do corpo transmite a
sua mensagem. Cabeça ereta postar-se de frente, ficar próximo, dá um “peso na
sua assertividade.” Mas nunca extrapolar para a postura agressiva.
-A gesticulação adequada é
importante. Se exagerada, fica fora de propósito, mas se adequada a situação,
transmite sua segurança
-Expressão facial- Se você sorri,
gargalha, numa situação dramática, não está adequando os seus sentimentos a
razão. Pode parecer cinismo, humilhação,
deboche, ridicularizarão. Asserções eficazes requerem uma expressão facial que
combine com a mensagem verbal.
-Tom de voz, Inflexão e Volume.
Este é um nó górdio da questão. Poucas pessoas sabem expressar ideias de forma
correta. Se sussurram, não parecem convincentes. Se em ímpeto, gritam, bloquearão
seu campo de comunicação, suscitando resistência na outra pessoa. Um tom
coloquial, bem modulado, poderá ser mais convincente e não intimidativo.
-Escolher a hora apropriada: O
ideal seria a espontaneidade. Mas se não for possível será procurar por um
local apropriado (por ex., com o seu chefe a sós no escritório).
-O conteúdo da fala: Embora o que
você tente dizer, seja logicamente importante, é na prática menos importante do
que pensamos ser. Por exemplo dizer: “ Sinto-me Constrangido om que você
comentou de mim” do que agredir: “Você é um mentiroso...”. É desnecessário
humilhar o semelhante, para se ser assertivo.
Na clínica dispomos de uma série
de cartões, onde o indivíduo se sente em situação complexa e é treinado a
compatibilizar seus sentimentos com as diversas formas assertivas de expressão,
como técnicas de diminuir a ansiedade.
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