domingo, 12 de maio de 2013

A FALSA AUTOESTIMA


A terapia cognitiva nos mostra pessoas cheias de vida luminosas onde passam, brilhantes em empreendimentos. Procuram ajudar a todos, menos a si. Eram admiradas, pela beleza, pelo intelecto, mas bastando o não reconhecimento por parte do assistido que se sentem deprimidas, abandonadas e não reconhecidas. Se deprimem. Enquanto há outros que toleram a falta de beleza, a velhice, a fuga do ser amado e até a doença. Tem muita gente na área psicológica com necessidade de primeiro se autoconhecer.



Compensa-se a falta de auto estima, criando-se uma falsa auto estima. A depressão adora os bem aquinhoados , grandiosos de fachada, isto porque a falsa auto estima se baseia só nas qualidades de beleza, talento e não nos verdadeiros sentimentos. É porque se enganam om sua riqueza, seus talentos, mas não mundo interior .A argamassa se desmorona fácil. E por mais plateia que possuam, está sempre presente o FALSO EU. Como plateia não compensa o mundo interior, ,substitui-se o amor próprio e se quebra a  auto imagem O espelho é trincado, partido, dilacerado. Quem foi ou é peça de mostruário narcísico, tem grandes dificuldades de mostrar as rugas do rosto. Os espelhos não mostram a imagem de antes e a insegurança toma conta do vazio do auto EU. Desaparece a comunicação entre o falso eu e o eu verdadeiro. Na angústia de se ser perfeito em tudo, o eu verdadeiro fica sufocado, os relacionamentos duram pouco, estereótipos da falsa pessoa perfeita que procuram demonstrar.



O possuidor da falsa auto estima compensa com filantropia, o que não quer dizer que todos os que ajudam os outros tenham baixa estima compensada pela ajuda humanitária. Isso fica bem para quem foi educado no imaginário do grandioso, do “especial”. E essa lacuna de amor a si e não poder pecar, como qualquer outro é corrosivo e auto destrutivo.



Como na lenda grega do Narciso, apaixonando-se pela bela auto imagem, esquecendo a feiura de suas costas e de sua sombra. Chama pela ninfa Eco apaixonada por sua beleza, deixando-se enganar pelas respostas de Ecco. Fixou-se aí , no falso eu e terminou não se alcançando no espelho da fonte, afogando-se na própria miragem. Isto, a lenda de Narciso nos ensina que temos de aprender a lidar com o falso eu: o ciúme, a inveja, fracasso, humilhação e vergonha. Sem subterfúgios nem mentiras. Aí sim, estremos aptos  ajudar os outros, depois de limparmos nossas impurezas.


mauriltonmorais@uol.com.br

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