As mulheres sofreram tanto através de milênios, que foram desenvolvendo estratégias de poder subliminar-fazer-se passar por obedientes, dissimular, comandar sem se fazer notar e tirar proveito da sensualidade/sensibilidade. O homem, por seu lado nem percebia o avanço da fêmea. Desconfiemos dos homens nas conquistas amorosas, quando em verdade são conquistados, dominadores quando dominados, envolventes com as mulheres, conquanto são tolos e pueris. Quando os homens se aperceberam, o avanço feminino, intelectual e uma nova forma de moralidade, se assustaram. E a lenda descrita por Platão se concretizou: “Antes homem e mulheres eram um só, quando um deus grego irado os separou e nunca mais se reencontraram”.
Mulheres e homens desconfiados uns dos outros. Homens bem situados social, profissional e financeiramente, com medo que as mulheres os devorem, como as plantas carnívoras da Amazônia. Mulheres, c/ doutorado. Bonitas, bom caráter, afirmando a falta de homens e que vão aos bares após esmeros do cabelereiro e nem são observadas.Ao contrário, enviam aviões pelo garçom e os bilhetinhos são rasgados. Preferem continuar a cerveja numa mesa de amigos. É como se fossem dominados pela desconfiança e temor.
A uniformidade dos papéis masculino e feminino, a unissexualidade grega, extensível a outras camadas sociais, permite a adoção de “patterns” de semelhança e até inversão de papéis, como um homem ao desejar um relacionamento estável com a desquitada e esta esquivar-se. Ou o inverso. Com mais frequência, as mulheres preferem relacionamentos amorosos tipo Simone e Sartre. Tanto que a estatística de casais convivendo em residências separadas varia entre 5,7% de S.Paulo a 8% em Paris. Lógico, há exceções.
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