Após termos vistos de forma sintética os Transtornos de Personalidade (TP) do Agrupamento A (Paranóide, esquizotímica e esquizotípica), Iniciaremos hoje os TP do Grupo B (Anti Social, limítrofe ou Borderline, Histriônico e o Narcisista). Dissemos em outro artigo, que a antiga Personalidade Psicopática de de Kurt Schnneider, hoje nas classificações atuais, é denominada Anti Social. Comecemos por ela.
O Anti Social não respeita as normas estipuladas em seu meio social, pouco se incomoda com o conceito de verdade, mente usa nomes falsos e se utiliza da confiança alheia para proveito próprio. Para ele não há futuro e só o presente, pouco se importando com sua esperança pessoal ou de outrem. Muitas vezes se envolvem em brigas, intrigas e violência. Mesmo causando danos, sente-se injustiçado e delega aos demais as suas irresponsabilidades (mesmo quando maltrata , furta ou rouba), não sentindo remorsos e como afirmou Schnneider, faz os outros sofrerem, mas é insensível e não sofre. Não têm uma relação estável de trabalho e muito menos honra suas obrigações. Sob o ângulo da Teoria Cognitiva (TC), tem uma visão de si como forte, solitário, autônomo e esperto. Tem visão dos outros como exploráveis, vulneráveis, otários. Suas principais crenças nucleares são de que as regras existem para os outros e não para si, tendo como princípio levar vantagem em tudo. E, finalmente, tem como estratégia de ação comportamental enganar, manipular, atacar, furtar ou roubar.
O TP borderline ou Limítrofe, como se costuma dizer, “Em cima da linha” faz enormes esforços para não ser abandonado, seja de forma real ou imaginária (deliróide), suas relações sociais são intensas e instáveis em muito devido a grande impetuosidade e baixo senso de identidade, sendo um suicida em potencial ao menos como forma de chamar atenção sobre si. Tem grande senso de vazio crônico e não controla a raiva diante de suas ideações paranóides temporárias frente aos constantes estresses. Pobre do homem que conviver com uma Borderline. E melhor morrer a sua crença mais nuclear é a cognição de ser abandonada (a mulher) e por isto trai antes, frente à imaginação que vai ser traída Que Deus nos proteja de uma Borderline.
A personalidade histriônica quer sempre ser o centro das atenções, sexualmente sedutora (Senhor(s) médicos, cuidado com as histriônicas!), muda as emoções com facilidade superficial, a aparência física é seu instrumento principal de chamar a atenção com a fala impressionista, expressões dramáticas, teatrais, sugestionáveis e demonstram, nos relacionamentos serem mais íntimas do que realmente o são. Cognitivamente acham-se “glamorosas”, cativantes e vêm os outros como seus admiradores seduzíveis e receptivos. Tem como uma de suas crenças nucleares a idéia de que deve sempre ser admirada e seus desejos satisfeitos.Usa como estratégia o charme,a dramaticidade,gestos suicidas(apenas gestos) e um exibicionismo magnífico face a uma expressividade voluptuosa. Dizem os homens que para uma noite de amor, preferem as histéricas às normais.
O TP Narcisista tem uma sensação de grandiosidade e importância pessoal. Preocupa-se demasiado com o sucesso, poder e o brilhantismo e exige admiração.No entanto falta-lhe empatia para reconhecer o sentimento dos outros,sendo um verdadeiro explorador de relacionamentos pessoais.Arrogante,tem inveja dos outros no mesmo grau que se sente invejado. Na TC tem visão do “self” como especial, superior, único, solar e os outros devem ser seus admiradores inferiores. Sua crença nuclear é que está acima das regras e merece regras especiais. Como estratégia, transcende as regras, é competitivo, usa os outros e se auto agradece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário