Os tempos
mudaram depois da globalização e da cibernética. Os conceitos de infidelidade e
adultério adquiriram diversas interpretações, variando desde o flerte até ligações
marcadas por envolvimento emocional. Algumas vezes é um complemento das
necessidades não satisfeitas pelo cônjuge. Noutras há a substituição quase
total do parceiro, com envolvimento emocional. Pode existir o envolvimento
emocional, sem relações sexuais. Como pode haver relações sexuais, sem
envolvimento emocional. Um exemplo é do casal F onde vivendo um casamento
aparentemente ajustado, ele contador e cantando no coral da Igreja sente
atração por uma jovem e os dois saem juntos por 2 anos sem nunca irem para a
cama.
Há uma questão
de ordem patriarcal e econômica que está se desfazendo com as novas legislações
sobre união estável, o “pátrio poder”, a virgindade pré-matrimonial da mulher.
Um amigo S. participou da geração de 3 filhos em 3 senhoras casadas da alta
sociedade e que se fossem descobertos, alterariam a ordem econômica familiar.
E agora com a
WEB, onde o face, o twitter, as mensagens secretas transformam-se, em alguns
casos em jogos virtuais de sedução? É adultério ou infidelidade? Ou exposição
de sentimentos reprimidos? É necessário o contato físico para caracterizar o
adultério ,seja no beijo, no” amasso” ou na penetração genital?
Em 1972, li um
livro de George O´Neil(antropólogo) e Nena O´Neil(psiquiatra)-O CASAMENTO
ABERTO-onde afirmavam que a fidelidade sexual é como um “deus falso” do
casamento “tradicional”. Ou que o sexo no casamento fechado é sinônimo de
fidelidade, medida do amor ilimitado e propõem substituir o termo fidelidade
como fim último pelo termo confiança mútua. O sexo extraconjugal pode acontecer
ou não, cabendo apenas aos 2 parceiros, aceitar ou descartar de acordo com suas
decisões.
Hoje com a
globalização, a mudança a cada hora, com as relações de capital-mão de obra se
transformando, qual é o melhor, manter o casamento estável com algumas “puladas”
de cerca e mantendo a ordem econômica equilibrada ou arriscar a desfazer um
casamento insípido e inodoro caindo na malha fina da desorganização financeira
e familiar em nome do velho amor romântico?
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