quarta-feira, 11 de julho de 2012

HOJE, O QUE É ADULTÉRIO?


Os tempos mudaram depois da globalização e da cibernética. Os conceitos de infidelidade e adultério adquiriram diversas interpretações, variando desde o flerte até ligações marcadas por envolvimento emocional. Algumas vezes é um complemento das necessidades não satisfeitas pelo cônjuge. Noutras há a substituição quase total do parceiro, com envolvimento emocional. Pode existir o envolvimento emocional, sem relações sexuais. Como pode haver relações sexuais, sem envolvimento emocional. Um exemplo é do casal F onde vivendo um casamento aparentemente ajustado, ele contador e cantando no coral da Igreja sente atração por uma jovem e os dois saem juntos por 2 anos sem nunca irem para a cama.

Há uma questão de ordem patriarcal e econômica que está se desfazendo com as novas legislações sobre união estável, o “pátrio poder”, a virgindade pré-matrimonial da mulher. Um amigo S. participou da geração de 3 filhos em 3 senhoras casadas da alta sociedade e que se fossem descobertos, alterariam a ordem econômica familiar.
E agora com a WEB, onde o face, o twitter, as mensagens secretas transformam-se, em alguns casos em jogos virtuais de sedução? É adultério ou infidelidade? Ou exposição de sentimentos reprimidos? É necessário o contato físico para caracterizar o adultério ,seja no beijo, no” amasso” ou na penetração genital?

Em 1972, li um livro de George O´Neil(antropólogo) e Nena O´Neil(psiquiatra)-O CASAMENTO ABERTO-onde afirmavam que a fidelidade sexual é como um “deus falso” do casamento “tradicional”. Ou que o sexo no casamento fechado é sinônimo de fidelidade, medida do amor ilimitado e propõem substituir o termo fidelidade como fim último pelo termo confiança mútua. O sexo extraconjugal pode acontecer ou não, cabendo apenas aos 2 parceiros, aceitar ou descartar de acordo com suas decisões.

Hoje com a globalização, a mudança a cada hora, com as relações de capital-mão de obra se transformando, qual é o melhor, manter o casamento estável com algumas “puladas” de cerca e mantendo a ordem econômica equilibrada ou arriscar a desfazer um casamento insípido e inodoro caindo na malha fina da desorganização financeira e familiar em nome do velho amor romântico?




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