No artigo anterior, escrevemos, sob o ponto de vista da TC (Teoria Cognitiva) a personalidade paranóide pertencente ao grupo A (paranóide,esquizóide e esquizotípica). Veremos hoje os Transtornos de Personalidade (TP) esquizóide e equizotípica. O indivíduo esquizóide tem como características: (1) Não gosta, nem deseja relacionamentos íntimos; (2) quase sempre escolhe atividades solitárias; (3) manifesta pouco interesse em experiências sexuais; (4) não tem amigos íntimos ou confidenciais; (5) pouco lhes afetam elogios ou críticas de outrem; (6) apresentam uma frieza emocional, grande distanciamento das pessoas e baixa tonalidade afetiva.
A personalidade esquizóide tem uma visão do self (eu), de si, como autônomo e solitário, enquanto enxerga os outros como intrusivos, intrometidos. Suas principais crenças são que a relação com os demais são nada gratificantes e sim desagradáveis. É quando desenvolve uma estratégia de vida de se isolar e tornar-se autônomo. Deve ser muito difícil para uma mulher enamorar-se de um esquizóide, em especial se for uma extrovertida.
A personalidade esquizotípica já é um grau bem avançado de mistura da personalidade paranoide (desconfiança excessiva), esquizoide (poucos relacionamentos) e quadros boderline/psicoses (rápidas ou com surtos esquizofreniformes). Em geral são messiânicos, com idéias de pregações extravagantes, superstições místicas.
Expressadas através de um discurso vago e por vezes desconexo, a fobia social que apresentam está mais relacionada à desconfiança paranóide do que a desconfiança em si mesmo. Fazem muito sucesso em seitas ou como gurus. Lendo o livro de Eugen Bleuler, de 1911, quando cunhou o termo esquizofrenia, vemos que foram enquadrados no diagnóstico de Esquizofrenia Simples.
Expressadas através de um discurso vago e por vezes desconexo, a fobia social que apresentam está mais relacionada à desconfiança paranóide do que a desconfiança em si mesmo. Fazem muito sucesso em seitas ou como gurus. Lendo o livro de Eugen Bleuler, de 1911, quando cunhou o termo esquizofrenia, vemos que foram enquadrados no diagnóstico de Esquizofrenia Simples.
Esses tipos de personalidade (tipo A) exigem um tempo maior de tratamento, pois a relação com o cliente requer um esforço para estabelecer um contato adequado, exigindo uma atitude calorosa, mesmo com ausência de reforço positivo ou negativo (técnicas de Skinner). De outro lado o terapeuta não deve impor suas normas e valores e sim buscar a diminuição dos sintomas de ansiedade subjacentes. Para tal usamos técnicas de registro de pensamentos e crenças disfuncionais (reestruturação cognitiva), em especial as absolutistas do cliente que não gosta de relacionamentos interpessoais (que são o denominador comum dos TP tipo A: paranóide, esquizóide e esquizotípico). O treinamento das habilidades sociais é fundamental.
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