O masoquismo
sexual é a excitação erótica provocada pela dor, medo ou humilhação (física,
social ou verbal). Forma dupla com o sadismo, sob a denominação de algolagnias.
O nome provém do escritor austríaco Leopold Von Sacher Masoch (1836-1895)o qual
escreveu vários romances, indo do marco
inicial “O Último Rei dos Magires” (1836) até o mais famoso “A Vênus de Peliça”
quando o personagem Séverin proferia
significativas palavras: ”Para mim existe um atrativo singular no sofrimento; a
tirania, a crueldade e acima de tudo, a infidelidade da mulher amada; são os
estimulantes mais fortes da paixão”. As suas preferências foram iniciadas com
Mme de Rtottwstz e depois com a baronesa de Pristow, sendo eterno escravo de
ambas. Casou-se depois com a jovem Rumelin, a qual sob o nome de Wanda de
Dounaieff transformou-se em personagem de alguns de seus romances. Divorciando-se
desta, casou-se com Hulda Meister, repetindo o mesmo comportamento.
O curioso é que
Sacher Masoch ao casar-se colocava uma cláusula onde se comprometia a ser escravo
durante seis meses, obrigando-se a cumprir todos os caprichos, reservando para
si, em troca, seis horas para suas atividades intelectuais, bem como: nada
poderia ser feito contra sua honra de homem e cidadão. Após seis meses, estariam
livres e deveriam esquecer-se mutuamente. Outras cláusulas obrigavam, em caso
de desobediência, castigos corporais, beijar os pés de Rumelin e se tentasse
fugir, poderia ser torturado até morrer e ou praticar crimes, desde que lhe
fosse ordenado. Rumelin que serviu de inspiração ao personagem Wanda, relatou em
seu livro ”Confessions de Ma Vie” os anúncios que o marido colocava em Jornais
em nome da mesma, convidando homens para infidelidade. E relata: ”Quando os
mesmos chegavam, sob forte emoção, Masoch os recebia com a frase-Como estás
bela,tão delicada, casta e tímida...como uma noiva!!!
Tanto no sadismo
como no masoquismo há graus intermediários em várias sociedades dentro da
cultura. Por exemplo é prática comum entre os hindus, arranhar e morder no ato sexual (Kamasutra). Mallinowski (Em “
Vida Sexual dos Selvagens”),diz ser a dor necessária nos Tobriandeses. As Sociedades, desde
a Inglesa, norte americana, nos clubes em Sampa, há os B&D (bomage and
dominance), quando os indivíduos, amordaçados e imóveis são submetidos a leves
torturas, até ao ato sexual. Filmes como a “Bela da Tarde/Buñel/Catherine
Deneuve,1967” e “O Império dos Sentidos”, produção japonesa, atraíram
multidões, o que demonstra que há em nosso inconsciente
ancestral(biológico)resquícios de tais práticas. O “piercing”, iniciado
comercialmente em Los Angeles e a escarificação da pele, auto flagelo são
conhecidos dos que se dedicam ao estudo da História.
Para Stoller (1981) o
sadomasoquismo é um “acting out”, de fantasias infantis atualizadas na
realidade. Os impulsos de morte que tanto dividem, até os psicanalistas,
permanecem como uma explicação nebulosa e anti Darwiniana. O estupro seria a
erotização máxima da agressividade que não encontra saída social. Quem estudar
a biografia de Sacher-Masoch, entenderá a violência que assistiu na revolução
polonesa de Viniki (1846), além da influência educacional despótica de sua
parente, a Condessa Xenóbia, a qual ajudava a vesti-la, alisar suas peliças e
fazer com que o menor, de dez anos, a beijasse os pés. Até sexta, com
Pedofilia.
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