segunda-feira, 24 de junho de 2013

VIOLÊNCIA URBANA-PSICOLOGIA DAS MASSAS



O CONFRONTO DAS MASSAS COM AS INTITUIÇÕES NO BRASIL ATUAL NOS REMETEMA QUEDA DA BASTILHA E A CASSAÇÃO DE COLLOR BEM COMO AS LEIS DA DILÉTICA : “tudo se relaciona, tudo se transforma e há uma eterna luta dos contrários. A água aquece de grau em grau, silenciosamente e quando atinge certa temperatura, muda para o estado de vapor, tal qual  uma panela de pressão que explode. Assim, também são os fenômenos sociais de massa. A Escola de Yale nos USA, correlacionou a violência com a privação, no sentido biopsicossocial. Sabe-se que a violência institualizada ou não , aumenta nas metrópoles congestionadas e espaços apertados. Nestas, há poluição, privação, marginalidade, fome, menores desestruturados a partir da desagregação familiar, banalização da violência, má utilização do espaço urbano, perda da identidade, mais específica na linha de pobreza. Nas classes sociais mais altas, protegem-se no acúmulo de capital e na mudança da de arquitetura, com muros protetores altos, condomínios fechados, e predomínio de espaços internos com altos sistemas de defesa eletrônica.

São famosas as experiências do etologista Konrad Lorenz, demonstrando que animais que se multiplicam com rapidez em caixotes, passam a se agredir e a devorar uns aos outros. No Ser humano, a desculpabilização do crime face serem um conjunto de rostos sem identidade no meio da multidão, conduz a banalização da barbárie e o difícil controle da massa enfurecida.

Tem-se discutido muito o papel das redes sócias nos moimentos das recentes revoltas populares. Particularmente acredito que sejam um fomentador de difusão, mas não o essencial. Não havia redes sociais na queda da Bastilha, nem na derrubada do Collor. Penso que há um caldo de cultura: transporte urbano como gatilho, impunidade, más condições de saúde e educação, enquanto se constroem estados bilionários, como se tem fartamente discutido, ao lado de escolas decadentes, mensalão, concentração de riqueza, impostos altos com baixo retorno, além de muitas  mazelas dos poderes judiciário, executivo e legislativo.

POUCO ACREDITO QUE NÃO HAVERÁ UM PROGRESSIVO NÍVEL VIOLÊNCIA, COM O ANDOR DA CARRUAGEM, POIS A VIOLÊNCIA BURORÁTICA ENTRAVA SOLUÇÕES RÁPIDAS. Mais o Brasil não será o mesmo. O vandalismo tão decantado faz parte do processo, pois há massas revoltadas, sem compreensão da realidade, onde os instintos agressivos foram cultivados ao longo da educação. Não há como inibi-los.


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