Há um grupo de homens e mulheres que por razões neuroendócrinas e psicológicas apresentam uma tendência natural a praticarem atividades sexuais acima de cinco ou seis vezes ao dia,de forma compulsiva e por vezes promíscua.Assim como o sadismo é o anverso da medalha do masoquismo,aqui temos a ninfomania nas mulheres e a satiríase nos homens.Pertencem ao grupo dos “viciados em sexo´tendo como exemplo recente o caso do ator Kirk Douglas Jr.,o qual se submete até hoje a sessões de grupoterapia na tentativa de controlar esta “variante do impulso sexual”. Na Mitologia ,as Ninfas eram entidades subalternas com quem os gregos e os romanos,em total liberdade,povoavam bosques e águas.Dentro da mesma Mitologia os sátiros,nas matas e bosques ,usavem barba, cauda animal ,debochados,investindo sempre sobre as ninfas, como filhos de Baco e da libertinagem.Tanto as Ninfas,como os Sátiros,eram atormentados dia e noite pelo desejo de praticarem sexo,ao menos a masturbação. Há vários casos na História,dentre nobres e reis que se incluem em ambos casos.Isabel de Aragão(Espanha) recomendava seis relações sexuais diárias.Catarina II da Rússia tinha um selecionador que escolhia parceiros para a Rainha,desde que estes fossem examinados por um édico, submetidos a um teste de virilidade com a dama de honra,para só então ser consentido a entrada nos aposentos reais.Dentre nós,D. Carlota Joaquina,segundo o historiador Mário da Veiga Cabral,chegou a mandar matar a esposa de um de seus amantes por ciúme patológico,E num desabafo ao conde de Linhares,ministro e amigo,confessou desolado “que fazia as honras de pai de vários filhos,os quais ,nenhum era seu,conforme lhe flou a rainha em uma de suas crises de violência”.Paulina Bonaparte,segundo os médicos da época possuia “furor uterino” e ao falecer,exigiu que seu rosto não fosse exposto,mas representado por uma estátua onde aparecia nua,esculpida por Canolo.Há muitas citações ilustres ,como Sarah Bernardt,Adelina Patti,Edith Piaf,seno portadoras de um libido exacerbado,ardente.Considere-se que há mulheres nunca satiseitas no orgasmo,sempre exigindo mais e mais. Na Satiríase,sobressaem as descrições de imperadores romanos,por vezes bissexuais,com poder ilimitado sobre os súditos.Júlio Cesar seduzia mulheres casadas,citando-se Postumia,Solia,Tertula,Márcia,Servilia(mãe de Brutus)a qual partilhava com Júlio sua filha Tercia.Nas Gálias foi amante de grande número de mulheres casadas como a Rainha Cundé e no Egito,foi o grande amante de Cleópatra.Seu filho adotivo,Imperador Augusto,valia-se de jovens trazidas por seus soldados.Inclusive o poeta Ovídio foi desterrado por haver surpreendido o incesto de Augusto com sua filha.Na velhice era mulher Lívia quem escolhia as virgens para Augusto,o Imperador que promoveu “A Ceia das doze divindades”como reprodução erótica das orgias dos deuses.Se caminharmos,encontraremos Tibério, o matador de homens e mulheres que não esgotavam seus desejos.Calígula era contumaz no incesto com suas irmãs e teve idéia de criar o imposto da prostituição(“vectigal”) e um lupanar(como um covil de lobos onde as mulheres “uivavam”),além de criar um cargo original:O” Prefeito ds Voluptuosidades”,cuidador dos amores e prazeres ,como se não bstasse ser amante de Agripina,sua mãe.Saindo de Roma,lembramos o Cardeal deRichilieu,o mestre ds intrigas plcinas no séc. XVIII.Isto sem comentar Casanova e dentre nós o polemista,escritor,divulgador das obras de Freud no Brasil,autor do livro de memórias “Quando eu Era Vivo”, famoso ao tempo de Getúlio Vargas,Medeiros e Albuquerque.Não sei se imitando Casanova,mas escreveu em seu livro um ”Capítulo dos Amores”,em Paris.Tanto a Ninfomania como Satiríase estão na mira nas neurociências o que o farei ao fim da série.
Maurilton Morais
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